MAPEAMENTO DA POPULAÇÃO TRANS DO ESTADO DE SÃO PAULO

A população trans no estado de São Paulo apresenta invisibilidade nas estatísticas oficiais com ausência ou indisponibilidade de dados sobre o seu número, características sociodemográficas e necessidades de saúde. A ausência da identidade de gênero nas bases de dados demográficas oficiais no Brasil, mantem-se como uma situação de discriminação estrutural, que dificulta a formulação de políticas públicas. Em relação às condições da saúde, outras investigações já buscaram caracterizá-las, no entanto ainda são insuficientes, e poucas com a avaliação das condições de saúde de forma integral, com maior foco para as infecções sexualmente transmissíveis e aids. Torna-se, portanto, importante à organização de projetos para identificar as condições de vida e de saúde da população trans nas diferentes regiões do estado de São Paulo. Este projeto foi elaborado em parceria com outros centros de pesquisas, instituições governamentais e movimentos sociais. E tem como objetivo mapear a população trans que reside ou trabalha em um dos 9 municípios da Baixada Santista. Na primeira fase (fase 1) do projeto será aplicado, a uma amostra de 380 pessoas trans, um questionário estruturado que buscará investigar questões relacionadas à identidade de gênero; aos aspectos sociodemográficos e econômicos; à segurança alimentar; à saúde, considerando o processo transexualizador, a saúde mental, às IST/HIV e doenças crônicas; aos direitos, exercício de cidadania e participação social nos municípios da Baixada Santista. Numa segunda fase (fase 2) serão feitas entrevistas em profundidade, em uma pequena amostra. Deve-se ressaltar que conhecer o perfil da população trans é imprescindível para contribuir com a elaboração de políticas públicas no estado de São Paulo. 

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POPULAÇÃO TRANS DO ESTADO DE SÃO PAULO ✉